1. Como
chegou ao tema abordado neste trabalho, Narrativas ficcionais de Tunga?
Narrativas
ficcionais de Tunga começou como minha tese de doutorado no curso de pós-graduação em
Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, Entre a Grade e a espiral, narrativas ficcionais de Tunga,
defendida em 2005. Na época tive a boa fortuna de estar cercada de pessoas
generosas e aptas a acompanhar minhas ideias e divagações a respeito da
importância e grandeza da obra de Tunga. Meu orientador, o crítico literário
Raúl Antelo, me honrou com sua impecável erudição e incentivo.
Em 2010/11 fui contemplada com uma bolsa de
estímulo à crítica em artes visuais da Funarte, o que me permitiu começar a
empreitada de reduzir e reescrever o extenso ensaio acadêmico, visando torná-lo
mais depurado e sintético. Uma pequena edição de um texto chamado “Barroco e
ficção nas Teresas de Tunga” foi realizada nessa etapa. Posteriormente recebi o
convite da Editora Apicuri para publicarmos meus ensaios da tese, aqui agora reunidos.
Sou profundamente grata a Antonio Mourão, o Tunga,
que já na época da tese se dispôs a conversar e elucidar aspectos de seu pensamento
e sua obra, e que recentemente me
agraciou com sua gentileza e interlocução, pondo-se efetiva e generosamente ao dispor
em todas as etapas de realização do livro. Agradeço a Fernando Santanna e Mario
Vítor Marques, Hugo Houayek, Jozias Benedicto e Rosangela Dias pela excelente
revisão editorial e por abrirem mais espaço na cultura de nosso país com esta
coleção da qual com gosto meu livro faz parte.
2. Conte-nos
um pouco sobre a sua trajetória profissional e a sua pesquisa acadêmica. Quais
as dificuldades maiores para a pesquisa?
Sou professora nos cursos de graduação e
pós-graduação em artes visuais do Centro de Artes da UDESC em Florianópolis.
Tenho formação em artes visuais e literatura. Tenho feito uma pesquisa
acadêmica bem ampla que vai desde as
relações das artes visuais com a literatura, relações do desenho com a fotografia, até questões estéticas e políticas na cultura latino
americana, da qual a pesquisa sobre a obra de Tunga faz parte.
3. Qual
interesse maior em publicar o livro? E quais as expectativas?
A publicação
do livro é importante como forma de registro e circulação não apenas do meu
ensaio, mas da valiosa obra de Tunga no meio cultural do nosso país, por vezes
ainda tão deficiente nas áreas de artes e ciências humanas. Nesse sentido, tenho
as melhores expectativas de que a Editora Apicuri esteja a contribuir ao dar
vazão a escritos sobre arte e cultura.
4. Há novos
projetos atualmente?