Por
Rosangela Dias
Após um mês na mesinha de cabeceira,
li artigo do jornal O Globo,
publicado no Prosa & verso, sobre “Os brasileiros e o papel da leitura”. Nada
animador, nem revelador. Até porque o governo aplicou questionário diferente do
de 2007, o que dificulta estabelecer uma comparação entre os índices encontrados
em 2007 com os de 2012.
Mas, o que achei mais interessante,
foi o item “O livro e o imaginário da leitura”. Segundo a pesquisa, “o valor da
leitura é apreendido como fundamental” pelos entrevistados, mas não há uma
prática de leitura, os pesquisados admitem que não leem. Será que estão
mentindo? Será que os entrevistados (a população brasileira) realmente
consideram ler fundamental? Foi impossível para mim não estabelecer uma
analogia com pesquisas relacionadas à quantidade e à performance das atividades
sexuais. Será que os entrevistados respondem a verdade? Todos não querem
parecer extremamente ativos em termos de quantidade e qualidade na prática
sexual? Podemos confiar nos dados aferidos? Não seria essa uma propensão do
brasileiro ou do ser humano: enganar os pesquisadores?