segunda-feira, 18 de junho de 2012

Breve nota sobre pesquisas, livros e sexo


Por Rosangela Dias

Após um mês na mesinha de cabeceira, li artigo do jornal O Globo, publicado no Prosa & verso, sobre “Os brasileiros e o papel da leitura”. Nada animador, nem revelador. Até porque o governo aplicou questionário diferente do de 2007, o que dificulta estabelecer uma comparação entre os índices encontrados em 2007 com os de 2012.

Mas, o que achei mais interessante, foi o item “O livro e o imaginário da leitura”. Segundo a pesquisa, “o valor da leitura é apreendido como fundamental” pelos entrevistados, mas não há uma prática de leitura, os pesquisados admitem que não leem. Será que estão mentindo? Será que os entrevistados (a população brasileira) realmente consideram ler fundamental? Foi impossível para mim não estabelecer uma analogia com pesquisas relacionadas à quantidade e à performance das atividades sexuais. Será que os entrevistados respondem a verdade? Todos não querem parecer extremamente ativos em termos de quantidade e qualidade na prática sexual? Podemos confiar nos dados aferidos? Não seria essa uma propensão do brasileiro ou do ser humano: enganar os pesquisadores?